Fleury, de volta a pirataria

Jean Fleury, foi um reconhecido pirata francês do século XVI, entre os seus feitos está a captura de galeões espanhois que continham o tesouro azteca de montezum. Eu descobri Jean, quando em 2015 resolvi traçar toda a minha árvore genealógica. Não sei se tenho descendência direta a Jean, mas a pirataria, o mar, a praia, o hacking… são temas que sempre estiveram muito presentes em minha vida.

O hacking para mim nada mais é do que a pirataria moderna, em 1998 eu me lembro claramente de pesquisar no “cade”(google brasileiro da época) o seguinte assunto: “Como ser um hacker” e bom, se passaram 27 anos desde então, eu pude conhecer verdadeiros hackers, trabalhar com eles, almoçar, jantar e beber com eles… aprendi e vivi o verdadeiro hacking, não só tecnicamente, mas socialmente.

Eu fui aquela criança que andava com os mais velhos e liderava os mais novos/contemporâneos a mim. Eu dei muito trabalho, fui muito custoso e por muitas vezes alheio à realidade. Passei por bons e maus momentos, aprendi com todos eles, aprendo até hoje.

Eu definitivamente não fui ensinado, doutrinado… eu sou realmente uma pessoa de espírito livre, nunca busquei prêmios ou títulos, todo o meu estudo é dedicado pelo simples prazer de aprender e pelo desejo de contribuir. Talvez por isso eu andava com os mais velhos… percebia desde muito novo que alí eu poderia aprender e por aprender, por isso liderava os mais jovens/contemporâneos a mim. Isso é muito louco porque desde sempre eu rejeitei fortemente a noção de hierarquia, mas a vivi no seu mais íntimo sentido.

Hoje, entendo a necessidade da hierarquia, da organização, da estratégia, da tática e da execução. Passei da fase de questionar e rejeitar a hierarquia, eu a aceito, entretanto questiono sempre o “comando e o controle”, o microgerenciamento e as relações de poder em geral. Não é um questionamento arbitrário e sem fundamento, muitas vezes o faço apenas no meu íntimo mesmo. Sempre fui de ouvir mais, falar menos e agir a contento, de certa forma, ser assim diminui as expectativas e cobranças.

Neste ano de 2025, iniciei em uma nova empresa, a AUVP Capital, a cultura da empresa é forte e trata-se da pirataria! Sim, somos piratas! Trata-se de uma edtech/banking voltada ao mercado financeiro. Recentemente (3 dias atrás) participei do Q, um evento que visa reportar os resultados do últimos trimestre e fortalecer a cultura. Bom, só quem trabalha na empresa entende o quão forte é a dedicação e investimento voltado ao “aculturamento”, é impressionante botar 140 pessoas(toda a empresa) no avião, sair de Goiânia Goiás, para Boipeba Bahia e dividir a empresa em 3 ilhas, sim ilhas… dos líderes, dos homens e das mulheres… todos os dias partíamos de lanchas para ir para a ilha do líderes para fazer as atividades e convivermos juntos. Foda foda d+! Nem no meu mais utópico sonho, pensava que isso fosse possível e não estou falando sobre ser perfeito, estou falando sobre fazer acontecer! A AUVP tem resultados extraordinários, porque investe e fortalece uma cultura extraordinária.

Eu me lembro de quando fui conhecer a empresa, apresentada pelo João e no board de cultura, eu vi lá os valores da empresa… “sangue nos olhos” “o bom pirata divide o rum”… eu só pensando comigo “Eita, que doido, legal” até tirei foto da plaquinha com os valores, porque achei super criativo… naquele dia eu não sabia, mas não é doido, é estratégico! Não é legal, é foda! E por fim, é além de criativo, é revolucionário.